Os investimentos em segurança do trabalho, como quaisquer outros – recursos humanos, matérias-primas ou bens móveis/imóveis – necessitam ser corretamente planejados e definidos avaliando-se o custo e o benefício. Em situações de risco iminente de acidentes com perdas humanas – trabalhos em altura, espaços confinados, em contato com inflamáveis, trabalhos com eletricidade, etc. – a utilização de equipamentos de proteção coletiva e individual, ferramentas e equipamentos adequados, treinamento de pessoal, entre outras, são medidas que as empresas adotam normalmente, cientes dos possíveis prejuízos decorrentes de negligenciar estes riscos.

Ainda, temos situações que no ambiente de trabalho há a presença de agentes nocivos à saúde dos trabalhadores, onde os passivos trabalhistas e cíveis oriundos do investimento inadequado ou inexistente em SST geram prejuízos financeiros muito maiores que os valores que deveriam ser disponibilizados na prevenção.

Os estudos atualmente disponíveis e os resultados obtidos por várias empresas comprovam que os investimentos em SST possibilitam aumento da produtividade da mão-de-obra, aumento da qualidade dos produtos e/ou serviços, minimização de perdas e despesas desnecessárias, melhoria das relações humanas no trabalho e redução dos custos devido a afastamentos e indenizações por doença ou acidentes de trabalho.

No entanto, o investimento em SST pode representar um custo desnecessário quando mal aplicado, ou seja, quando paga-se adicionais de insalubridade e/ou de periculosidade de forma incorreta, quando “compra-se” programas de prevenção (PPRA, PCMSO, PCMAT, PGR) que, na verdade, são pacotes prontos, “vendidos em série”, onde não se consideram as reais condições da empresa ou apresentam cronogramas de execução simplórios ou inexequíveis, ou, ainda, a empresa não sabe como implantar as recomendações técnicas previstas.

Concluindo, o investimento em segurança do trabalho, realizado por administradores conscientes, adequadamente assessorados por profissionais de engenharia de segurança e ergonomia, gera inúmeros benefícios para a empresa, sendo condição financeira, econômica e social imprescindível para a permanência e lucratividade das empresas.